Todos cometemos erros. Mesmo que involuntariamente. E seguramente que já passou por situações em que alguém se manifestou arrependido, alguém já lhe tenha pedido desculpa por uma atitude menos correta ou um comportamento menos agradável.
É uma atitude sempre louvável.
Mas será que sabe avaliar se alguém que está a reconhecer que errou e manifesta arrependimento está mesmo a dizer a verdade e não a fingir remorso pelas suas atitudes? Será que é possível identificar “lágrimas de crocodilo”? Haverá diferenças entre a linguagem não verbal de quem manifesta um arrependimento genuíno e a de quem finge ardilosamente esse sentimento?
Foi exatamente isso que um grupo de investigadores quis avaliar com mais rigor.
É uma atitude sempre louvável.
Mas será que sabe avaliar se alguém que está a reconhecer que errou e manifesta arrependimento está mesmo a dizer a verdade e não a fingir remorso pelas suas atitudes? Será que é possível identificar “lágrimas de crocodilo”? Haverá diferenças entre a linguagem não verbal de quem manifesta um arrependimento genuíno e a de quem finge ardilosamente esse sentimento?
Foi exatamente isso que um grupo de investigadores quis avaliar com mais rigor.
O estudo. Num estudo publicado na revista Law Human Behavior, da American Psychology Association, em 2011, Leanne ten Brinke, Sarah MacDonald, Stephen Porter e Brian O’Connor analisaram pela primeira vez a natureza do falso remorso e de que forma ele se manifesta.
O objetivo dos investigadores da American Psychology-Law Society era tentar perceber se é possível identificar padrões comportamentais comuns e reveladores de um remorso construído, compreender até que ponto há, ou não, aspetos faciais, verbais e da linguagem corporal típicos da manipulação desse sentimento e que possam ajudar na identificação desse fingimento.
Para levarem a cabo a investigação, os investigadores pediram a 31 alunos universitários canadianos para relatarem com o maior detalhe possível duas experiências: uma situação por que tivessem passado na vida e que os fizesse sentir intensa e verdadeiramente arrependidos e uma outra experiência, igualmente verdadeira, e da qual não sentissem qualquer remorso, mas que a contassem fingindo arrependimento da forma mais convincente que conseguissem.
As histórias eram contadas a dois desconhecidos, que deviam convencer da melhor forma que conseguissem, e os relatos eram gravados em vídeo para serem depois analisados detalhadamente.
Os resultados. O estudo permitiu concluir que há um conjunto de sinais verbais e não verbais associados ao remorso, quer ao verdadeiro quer ao fingido, e que podem ser importantes para, no dia a dia, conseguirmos identificar “lágrimas de crocodilo”:
Este estudo foi realizado a pensar nas avaliações que concedem autorização para liberdade condicional no sistema judicial norte-americano, e que tencionava fornecer aos juízes ferramentas que lhes permitissem tomar melhores decisões não se deixando enganar pelo fingimento de réus e condenados, é também útil à sociedade em geral. Ajuda a perceber que é possível, com a atenção certa e sabendo o que procurar, identificar, quando alguém se mostra arrependido, se se trata de um sentimento genuíno ou fingido.
Como demonstra o estudo, há um conjunto de sinais característicos em quem finge arrependimento - se os souber identificar, dificilmente se deixará enganar por “lágrimas de crocodilo”.
Os pequenos sinais revelam, por vezes, grandes verdades.
O objetivo dos investigadores da American Psychology-Law Society era tentar perceber se é possível identificar padrões comportamentais comuns e reveladores de um remorso construído, compreender até que ponto há, ou não, aspetos faciais, verbais e da linguagem corporal típicos da manipulação desse sentimento e que possam ajudar na identificação desse fingimento.
Para levarem a cabo a investigação, os investigadores pediram a 31 alunos universitários canadianos para relatarem com o maior detalhe possível duas experiências: uma situação por que tivessem passado na vida e que os fizesse sentir intensa e verdadeiramente arrependidos e uma outra experiência, igualmente verdadeira, e da qual não sentissem qualquer remorso, mas que a contassem fingindo arrependimento da forma mais convincente que conseguissem.
As histórias eram contadas a dois desconhecidos, que deviam convencer da melhor forma que conseguissem, e os relatos eram gravados em vídeo para serem depois analisados detalhadamente.
Os resultados. O estudo permitiu concluir que há um conjunto de sinais verbais e não verbais associados ao remorso, quer ao verdadeiro quer ao fingido, e que podem ser importantes para, no dia a dia, conseguirmos identificar “lágrimas de crocodilo”:
- As microexpressões faciais genuínas manifestam-se tendencialmente na parte inferior da face, enquanto que as fabricadas se manifestam na parte superior.
- As descrições de falso arrependimento envolvem um conjunto maior de emoções comparativamente com os relatos de genuíno remorso.
- Quem relata um arrependimento genuíno quase nunca alterna rapidamente entre emoções faciais positivas e negativas, enquanto que é bem mais comum quem finge um remorso passar rapidamente de uma expressão facial de uma emoção positiva para uma negativa.
- Os participantes evidenciaram hesitações mais significativas no discurso ao relatarem as histórias em que fingiam arrependimento do que ao contarem as histórias em que se sentiam verdadeiramente arrependidos.
Este estudo foi realizado a pensar nas avaliações que concedem autorização para liberdade condicional no sistema judicial norte-americano, e que tencionava fornecer aos juízes ferramentas que lhes permitissem tomar melhores decisões não se deixando enganar pelo fingimento de réus e condenados, é também útil à sociedade em geral. Ajuda a perceber que é possível, com a atenção certa e sabendo o que procurar, identificar, quando alguém se mostra arrependido, se se trata de um sentimento genuíno ou fingido.
Como demonstra o estudo, há um conjunto de sinais característicos em quem finge arrependimento - se os souber identificar, dificilmente se deixará enganar por “lágrimas de crocodilo”.
Os pequenos sinais revelam, por vezes, grandes verdades.