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Comunicação não verbal e a influência de um líder na sua equipa

Umas pessoas, parece, têm uma capacidade natural para influenciar e liderar um grupo; outras não conseguem ter o impacto mobilizador que desejavam e que se espera de um líder. Porquê será? A resposta está naquilo que dizem ou na forma como o fazem?🧐

Foi exatamente isso que dois investigadores norte-americanos, do Estado do Texas, quiseram compreender.
Nesse sentido, levaram a cabo um estudo para analisar até que ponto diferenças na gesticulação que acompanha um discurso podem motivar mais ou menos quem escuta a mensagem.
O estudo. Num estudo publicado na revista Leadership & Organization Development Journal, em 2015, Linda Talley e Samuel Temple avaliaram de que forma dominar a comunicação não verbal pode ser determinante para um líder conseguir ser percecionado como tal e ser capaz de motivar a sua equipa.

Para o estudo, foram preparados três vídeos de um minuto em que um ator apresentava uma mensagem. Em cada um dos vídeos os gestos com as mãos eram diferentes:
  • num eram positivos (palmas das mãos voltadas para o público ou verticais ao chão, mãos com os dedos entrelaçados e mãos unidas pela união das pontas dos dedos ao nível da cintura),
  • noutro defensivos (mãos nos bolsos, mãos atrás das costas e braços cruzados) e
  • noutro o ator acompanhava a mensagem sem qualquer gesto, com os braços esticados ao longo do corpo.
Posteriormente foi pedido a 210 indivíduos que visualizassem os três vídeos e identificassem em qual dos vídeos a mensagem era transmitida de forma mais envolvente e mobilizadora.

Os resultados. A avaliação revelou que o vídeo em que os gestos que acompanhavam o discurso eram “positivos” foi aquele em que o ator gerou maior conexão com quem participou na experiência. E mais: a preferência pelo vídeo de gestos positivos acontece quer por parte de homens quer de mulheres.

O estudo deixou claro que gestos normalmente reconhecidos como positivos criam maior proximidade entre o líder e a sua equipa do que os gestos tidos como negativos ou mesmo a ausência de qualquer gesticulação.

Este estudo é uma motivação para todos aqueles que têm funções de liderança ou ambicionam a exercê-las no futuro. Linda Talley e Samuel Temple comprovaram que um líder pode afirmar-se como tal, de forma positiva, através da sua comunicação não verbal.

Fazer acompanhar aquilo que diz dos gestos certos, de gestos “positivos”, vai fazer toda a diferença e contribuir para uma liderança natural, mobilizadora e capaz de atingir os objetivos, individuais e da equipa ou projeto.

Se gostava de reforçar a sua capacidade de liderança, preste atenção à gesticulação que usa quando se dirige à sua equipa. Experimente já na próxima reunião ou momento de comunicação!🙂
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