Foi às compras nos últimos dias? Se sim, já sabe do que vou falar neste artigo — daquela sensação bem estranha de sermos atendimentos pelos profissionais do costume, mas agora com máscara a tapar metade da cara... O atendimento é o mesmo. O resultado final (a compra) é o mesmo. Só que não. Não há ninguém que não tenha sentido a diferença. E este novo “normal” não é nada normal. Vai exigir esforço dos dois lados — de quem compra (para se habituar) e de quem faz o atendimento. E, claro, estes últimos vão ter de fazer um esforço maior. Sempre foi assim e vai continuar a ser, com ou sem máscara. Afinal, querem vender.
Problema: Como melhorar a experiência de atendimento, especialmente quando este é feito com máscara? Se a sua empresa tem colaboradores a atender os clientes de máscara, qual é a solução?
Há várias. Vou sugerir três.
1. Continue a sorrir. Se pensa que o sorriso fica tapado e por isso não vale a pena, está enganado. O sorriso vê-se nos olhos. Aliás, as rugas à volta dos olhos são o indicador confiável de que o sorriso é verdadeiro. Além disso, o sorriso é um gesto que se OUVE e não apenas que se vê.
2. Preste atenção à postura e aos gestos. Uma postura com ombros encolhidos vai dar a sensação de um atendimento... encolhido. Os gestos bruscos (CORTAR AQUI!!!!) vão dar uma sensação de impaciência, de querer despachar... Não ajuda, não.
3. Cuidado com a sua voz e a entoação. OK, concordo, pode não querer ou conseguir treinar a voz. É um processo demorado e uma melhoria não acontece de um dia para outro. Compreendo. Mas pode fazer uma coisa — variar a sua entoação. Como? Varie entre baixo-alto, grave-agudo e devagar-rápido. Todos sabemos utilizar estas variantes, mas normalmente, no nosso dia a dia, optamos por 1-2 registos apenas. Basta variar a voz entre todos os parâmetros para demonstrar mais atenção, mais envolvimento e mais do seu lado humano.
Que tenha uma experiência positiva, com ou sem máscara!